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Falta de conhecimento é o principal desafio do setor de seguros para cibersegurança  

23 de fevereiro de 2023
Bravo GRC

A falta de conhecimento no setor de seguros para ciberataques é um dos principais desafios para o desenvolvimento da área, principalmente no Brasil. Esta foi uma das resoluções do relatório “Seguro contra Ciberataques: Como otimizar a alocação de capital e mitigar riscos do sistema de informação”, elaborado pela Bravo Research, braço de insights e inteligência da Bravo GRC.  

“Muitos gestores e profissionais não contratam planos de seguro ou serviços de cibersegurança justamente por não terem ciência dos riscos e das ofertas de proteção”, explica Claudinei Elias, CEO e Fundador da Bravo GRC. Segundo a pesquisa Security Threats, realizada pelo Greyhound Knowledge Group em 2021, apenas 12% das empresas têm clareza quanto às questões de segurança cibernética. “A proteção oferecida pelas seguradoras auxilia o segurado a entender melhor suas exposições, o que é necessário inclusive para avaliar o escopo e desenhar a proposta. O potencial segurado precisará demonstrar, de forma clara, como protege uma organização dos riscos cibernéticos, quais são as suas reais exposições e eventuais materializações dos riscos”, destaca.   

Conforme explica o executivo, o segurado garante uma ação capaz de oferecer um grau relevante de proteção contra os riscos envolvidos em ciberataques. Para isso, precisará desenhar bem um programa de seguros ou a sua apólice, de acordo com as reais necessidades da sua empresa. O uso de tecnologias de simulação de ataques e ameaças ajuda muito nessa iniciativa. “Seguro é uma ferramenta a ser utilizada no arsenal dos bons gestores de riscos”, pontua.    

De acordo com o relatório, 26% dos dados perdidos em caso de violação de dados se dão a informações pessoalmente identificáveis; já arquivos críticos ficam com 15%, assim como informações de saúde/médicas; e 14% das informações perdidas se devem à indústria de cartões de pagamentos; “outros” atingem a margem de 30%. 

Elias ainda explica que o seguro contra ciberataques é um instrumento de financiamento de riscos, uma técnica de transferência de parte das exposições que tem o objetivo de minimizar perdas. As apólices de seguro são adaptáveis à exposição da organização, ao seu modelo de negócios e aos seus bens/ativos cibernéticos, porém, quando uma companhia atinge determinado tamanho, sua exposição aumenta significativamente, logo a empresa precisa se defender em várias frentes.  

Malware e sequestro de dados compreendem mais da metade dos ataques cibernéticos, com 55,4%. O crescimento no mercado global de seguros para cibersegurança passará de US$ 3,34 bilhões em 2022 para US$ 8,58 em 2027 nas Pequenas e Médias Empresas (PMEs), enquanto as grandes empresas atingirão US$ 20,56 bilhões em 2027, tendo relatado US$ 8,65 em 2022. Isso mostra que, apesar dos ataques estarem mais associados a empresas de maior porte, as PMEs também são alvo dos criminosos frequentemente. Segundo relatório da Kaspersky, as PMEs sofreram um aumento de 41% no volume de invasões (abril/2022 vs. abril/2021).   

Para saber mais sobre o relatório de Seguros Contra Ciberataques da Bravo Research, basta clicar aqui.   

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