Um dos grandes desafios atuais em ESG é a questão da comparabilidade de dados entre empresas, sejam elas do mesmo setor ou não. A padronização, que oferece oportunidade de comparação, é um desafio tanto na divulgação de dados ESG por empresas quanto para agências de ratings.
Um estudo da MIT School of Management apontou que a correlação, entre os ratings de cinco grandes agências de rating ESG, era de apenas 0.60, em média, um valor muito abaixo para a correlação entre os ratings de crédito da Moody’s Investors Service e S&P Global Rating, que é de 0.99.

Diferenças de metodologia e técnicas de captura de dados são alguns dos fatores que influenciam essa discrepância em agência de ratings. Para as empresas, a qualidade dos dados divulgados, bem como a relevância dos itens materiais, são fatores de peso que podem contribuir para melhorar ou tornar mais complexa as correlações.
Nesse cenário, importantes avanços estão em desenvolvimento. A Taxonomia, que é desenvolvida pela União Europeia com expectativa de entrar em vigor em 2022, tem como objetivo principal proporcionar uma linguagem comum e padronizada para organizações, reguladores, investidores, consumidores e todas as partes interessadas. O sistema de classificação tem vasto potencial de utilização e pode auxiliar empresas e agências de rating a encontrarem modelos que promovam a transparência e permitam a comparação entre empresas.
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Referências:
Estudo da MIT: https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=3438533
https://www.bnnbloomberg.ca/conflicting-esg-ratings-are-confusing-sustainable-investors-1.1360887