“A gente se preocupa em deixar um mundo melhor para os nossos filhos, mas nós deveríamos nos preocuparmos em deixar filhos melhores para o mundo.”
A frase, cujo autor é desconhecido, reflete uma preocupação emergente do mundo: o comportamento da sociedade. Muito se fala em ESG, em Sustentabilidade, Governança, Riscos e Compliance. Mas o que está por trás de todas estas questões é o nível de mudanças que vêm ocorrendo na sociedade dos diferentes países pelo mundo.
Uma sociedade em transformação requer um olhar para o ecossistema socioambiental mais maduro. E é neste contexto que pautas socioambientais despontam, tentam ganhar voz e avançar na sua agenda.
Para acompanhar esta transformação que acontece desde o consumidor até grandes fundos de investimentos, novas regulamentações se fazem necessárias. A sociedade precisa de um direcionamento, uma fonte e métricas confiáveis para poder entregar e alocar os indicadores que irão trazer luz sobre como as questões ambientais, sociais e de governança são tratadas pelas empresas, organizações e pelo setor público.
Legislar um estado pelo bom senso das pessoas pode parecer algo catastrófico e caótico, por isso a necessidade da inserção das leis para o bom regulamento das sociedades civis. A mesma referência podemos trazer ao meio das organizações: ter o processo de avaliação, report e demonstração das ações socioambientais sem ter regulamentações também pode ser algo catastrófico e caótico, afinal como vamos entender o que está sendo feito pelas organizações?
As novas regulamentações ESG fornecem padronizações importantes na divulgação de dados financeiros e não financeiros pelo mundo afora, promovendo maior transparência não somente a investidores, mas também a clientes, governos, órgãos reguladores e demais stakeholders, a fim de possibilitar análises e comparações mais assertivas e que possam refletir de fato o atual status de cada empresa e organização.
Um Giro pelo Mundo
Como grandes fomentadores das boas práticas ESG no mundo corporativo, a União Europeia e o Reino Unido se destacam com regulamentações válidas para todo o ecossistema industrial e principalmente financeiro, atingindo além de grandes corporações, também pequenas e médias empresas que necessitam estar em conformidade com as novas regulamentações até 2025. Eles ditam a tendência.
EUA e China caminham para o endurecimento das regulamentações atuais, promovendo consultas públicas e introduzindo guias e diretrizes produzidos por autorreguladores como bolsas de valores, solicitando informações detalhadas em relatório anuais e orientando métricas para gerenciamento.
No Brasil, instituições fortes como o Banco Central do Brasil (BC), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Conselho Monetário Nacional (CMN) e a Bolsa de Valores (B3) estão trabalhando a passos rápidos com consultas públicas, reavaliação de regulamentações atuais, requisição de novas informações ESG em relatório anuais.
Podemos dizer que o efeito cascata será cada vez mais presente em empresas e organizações independentemente do tamanho ou setor. Seja pela imposição dos credores, investidores ou consumidores, todos os stakeholders parecem dispostos a exercer a sua parcela de pressão em busca se resultados mais sustentáveis.
O caminho para uma economia mais sustentável é de longo prazo e deve ser iniciado o quanto antes, a qualquer momento. Quem deixar para depois, pode sofrer impactos muito caros para serem revertidos, tanto em custo quanto em tempo.
Deixar a pauta da gestão sustentável para mais tarde é como chegar depois dos parabéns na festa de aniversário. O bolo já foi partido e dividido.
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14 de setembro de 2021